Ação coordenada pelo MPE, ocorrida na sexta-feira, 1º, culminou no cumprimento de quatro mandados de prisão

A Polícia Penal de Sergipe, por meio do Departamento do Sistema Prisional (Desipe), participou, na última sexta-feira, 1º, de mais uma fase da ‘Operação Gravatas’. A ação, coordenada pelo Ministério Público do Estado de Sergipe (MPSE), por meio da Procuradoria-Geral de Justiça, da 1ª Promotoria de Justiça Criminal da Comarca de Aracaju e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), resultou no cumprimento de quatro mandados de prisão preventiva contra investigados por envolvimento com facção criminosa de origem paulista e atuação interestadual, e crimes como homicídios, tráfico de drogas e lavagem de capitais. Os mandados foram cumpridos em Aracaju, Nossa Senhora do Socorro e Barra dos Coqueiros.
A nova fase da Operação Gravatas é um desdobramento das apurações iniciadas em 2021, quando o Ministério Público do Estado de São Paulo compartilhou com o MPSE elementos probatórios que indicavam a atuação de uma facção criminosa de origem paulista em território sergipano. Com base nessas informações, foi deflagrada em 2024 a primeira fase da Operação, ocasião em que foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Sergipe e Alagoas.
Nessa nova etapa, deflagrada na última sexta-feira, 1º, um advogado foi preso preventivamente por atuar como elo jurídico e articulador interno da organização criminosa nos crimes, com funções de articulação no tráfico e na lavagem de capitais. Ele encontra-se à disposição da Justiça, e toda a ação foi acompanhada por representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), assegurando o cumprimento rigoroso da legalidade.
Outros quatro investigados tiveram mandados de prisão expedidos pelo Poder Judiciário. Ao todo, quatro pessoas foram presas e uma encontra-se foragida. Todos os presos foram apresentados à audiência de custódia no sábado, 2, ocasião em que o Ministério Público de Sergipe manifestou-se pela manutenção das prisões. As medidas foram homologadas pelo Poder Judiciário, permanecendo todos custodiados.
As investigações indicam que a facção criminosa atua de forma estruturada e interestadual, com divisão de tarefas e utilização de núcleos familiares para operacionalizar atividades como tráfico de drogas, homicídios direcionados, ocultação patrimonial e lavagem de capitais. Em Sergipe, a organização consolidou-se com base em vínculos familiares e estrutura operacional dividida entre funções jurídicas, financeiras e armadas.
Entre os crimes dos quais os investigados são apontados como responsáveis, está um duplo homicídio ocorrido em 2024, no qual mãe e filho foram assassinados logo após saírem de uma audiência judicial no Fórum de Nossa Senhora do Socorro.
Operação Gravatas
Além da participação das equipes do Desipe, a operação, realizada nos municípios sergipanos de Aracaju, Barra dos Coqueiros e Nossa Senhora do Socorro, contou também com o apoio da Polícia Civil de Sergipe, através do Departamento de Homicídios e Proteção da Pessoa (DHPP) e Departamento de Narcóticos (Denarc); da Polícia Militar de Sergipe, através da Força Tática do 5º Batalhão (5º BPM/PMSE); e da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito de Aracaju (SMTT).





