O evento de encerramento aconteceu na tarde desta quarta-feira
O evento que fechou o ciclo dos projetos de educação do Presídio Feminino (PREFEM) do ano de 2019 aconteceu na tarde desta quarta-feira, 18. Foram entregues as certificações do projeto Leitura Para a Liberdade e dos exames supletivos. Ao total, 114 internas participaram das atividades.

Foram ofertados exames supletivos para que as alunas tivessem a oportunidade de concluir o Ensino Fundamental ou Médio. Além de uma atividade pedagógica, essa ação viabiliza que as jovens e adultas que estão no sistema prisional tenham uma melhor oportunidade no mercado de trabalho quando saírem. “Além de trazer a ressocialização, a educação vai possibilitar maiores espaços para quando essas mulheres retornarem à sociedade”, destaca Andreia Andrade, diretora do Prefem.
Durante todo o ano de 2019, 114 internas participaram, sendo 5 certificadas a nível de conclusão do Ensino Fundamental e 52 recebendo o atestado parcial para concluir as disciplinas pendentes em 2020. As alunas certificadas terão direito a remissão da pena correspondente à 66 dias para conclusão do Ensino Fundamental e 50 dias para Ensino Médio.

Para Genaldo Freitas, coordenador de reinserção prisional da Secretaria de Estado da Justiça e de Defesa ao Consumidor (Sejuc), a educação é o ponto de partida para a ressocialização das pessoas que se encontram em situação de prisão. “Nós temos a aplicação dos exames supletivos itinerantes realizados cerca de 4 vezes ao anO, temos projetos que fomentam essa ressocialização dentro do sistema prisional, como o projeto de redação e o de leitura. A educação é o primeiro passo para a ressocialização, então investimos com toda força”, conta o coordenador.
Leitura Para a Liberdade
O projeto Leitura Para a Liberdade surgiu em parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS) com o objetivo de expandir o conhecimento das internas pensando na melhoria da qualidade de vida. A ação envolve a leitura de obras selecionadas seguidas da produção de resenhas, que oferecem 4 dias de remissão da pena.

“É preciso pensar nas possibilidades após o período prisional. É a segunda fase do projeto e hoje estamos entregando o certificado de 150h de atividades. Não é fácil, mas no decorrer das atividades, as alunas foram se sentindo integradas”, explica Ana Leal, professora e coordenadora do projeto.