O retorno da ação foi marcado pela parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Nossa Senhora do Socorro
Após suspensão durante a pandemia do novo coronavírus, as ações de coleta de sangue para diagnóstico e acompanhamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) voltaram, nesta quarta-feira, 2, a serem realizadas no Presídio Feminino (Prefem). Os exames desse retorno são resultados da parceria com a Secretaria Municipal de Saúde da cidade de Nossa Senhora do Socorro.
A coleta foi realizada por meio da parceria com o Centro de Testagem e Aconselhamento para ISTs (CTA) de Nossa Senhora do Socorro e visou identificar o estágio da infeção depois do tratamento efetuado no Prefem. Ao todo, foram atendidas 32 internas, as quais foram positivadas para ISTs ao adentrarem na unidade e passaram pelo tratamento.
“Os profissionais parceiros vão até a unidade prisional juntando-se à equipe da instituição para realizar a coleta de sangue para esses exames. Nossa equipe de saúde é composta por um médico, um psicólogo, um odontólogo, três enfermeiras e sete auxiliares e técnicos de enfermagem que, de acordo com a escala, permanecem por 24h na unidade para assistência as internas”, explicou Augusto Henrique de Jesus, diretor da unidade.
Os exames realizados ontem foram encaminhados ao laboratório central do estado para serem examinados. De acordo com o resultado, a IST é tratada de acordo com a sua especificidade. Em caso de sífilis, o tratamento é realizado na própria instituição. Já HIV e hepatites B e C são encaminhadas para o Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar) e Hospital Universitário, respectivamente.
Acompanhamento de ISTs
O acompanhamento dos tratamentos das ISTs é realizado por meio de exames laboratoriais. Essa assistência se faz ainda mais importante no que diz respeito a sífilis, que possui um alto índice de incidência entre as internas admitidas no Prefem.
Na chegada, é realizado o teste rápido na triagem. Após o resultado do reagente, é feito o exame laboratorial chamado VDRL, o qual confirma a infecção. Nesse processo também são realizados exames laboratoriais para HIV 1 e 2, além de hepatites B e C. Essa coleta é realizada a cada 2 meses, o que estava suspenso devido a pandemia do novo coronavírus e está retornando para dar continuidade a assistência.
O diretor da unidade explica, ainda, que o tratamento para as ISTs é iniciado após a análise da equipe de saúde especializada. “Quando recebemos, esses resultados são avaliados pela equipe médica e é realizado o tratamento quando há indicação”, ressaltou.
