Decisões como suspensão de visitas, testes em massa e distribuição de kits de proteção mantiveram o recuo dos casos no sistema prisional
O cumprimento ponto a ponto de um minucioso plano de contingência, o complexo trabalho dos policiais penais e a difícil estabilização das unidades prisionais foram fundamentais para que a situação no sistema prisional estivesse controlada em um momento tão emblemático. Com 13 casos confirmados entre presos, a situação da pandemia da Covid-19 é mantida controlada nas unidades prisionais de Sergipe.
A Secretaria da Justiça, do Trabalho e de Defesa do Consumidor (Sejuc) implementou um Plano de Contingência desde o surgimento dos primeiros casos do coronavírus no estado. Desde o início de março, foram adotadas medidas como a suspensão temporária das visitas e a delimitação de uma unidade prisional como porta de entrada do sistema. Entre os policiais penais, foram 21 casos, boa parte deles com alta médica.
Os novos internos, quase todos advindos de uma delegacia, são encaminhados para o Complexo Penitenciário Antônio Jacinto Filho (Compajaf), no bairro Santa Maria. “Após avaliação médica, esses internos são transferidos para o pavilhão emergencial, que fica em Areia Branca, para só então serem transferidos e se juntarem aos demais internos do sistema prisional”, explicou o secretário Cristiano Barreto.
A suspensão das visitas também é outro aspecto considerado essencial para a redução dos riscos de contágio pela Covid-19 no sistema prisional do estado. “Suspendemos temporariamente e excepcionalmente as visitas dos familiares. Além de determinarmos às equipes de saúde que realizem o monitoramento diário dos sinais clínicos dos servidores e dos internos”, destacou.
Como parte dos procedimentos, testes para identificar a contaminação pelo coronavírus também foram recebidos do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). “Acreditamos que a testagem é o meio necessário para o controle da pandemia, por isso solicitamos uma quantidade de testes que foram entregues pelo Depen e já foram distribuídos às unidades prisionais”, citou.
Outras ações também vêm sendo realizadas pela Sejuc. “O trabalho dos nossos policiais penais é essencial e tem feito toda a diferença. Paralelamente a isso, realizamos junto com Ministério Público do Trabalho e o Ministério Público Estadual, uma parceria com a UFS, a fim de realizar o censo epidemiológico entre os servidores e a testagem e o acompanhamento dos internos que apresentem sinais clínicos. Todo esse trabalho tem apresentado resultado”, salientou.
